terça-feira, 23 de agosto de 2016

NYC - The Capital of the World

Definitivamente Nova Iorque é a maior metrópole do mundo. E como toda metrópole tem muitas coisas boas e ruins.

Estou na minha quinta e penúltima semana em NYC, em Manhattan, mais especificamente em Tribeca.

É interessante ver as paisagens até então conhecidas pelos livros, revistas e filmes tornarem-se reais. Acordar e dar de cara com o Ground Zero, sair todo dia e ver um Frank Gehry quase que tremulando à sua frente, avistar o Chrisler Building e tantos outros prédios famosos.

Manhattan é encantadora. Ressuscita, cria ou reforça os desejos de consumo de qualquer pessoa. Aqui vc encontra quase de tudo (não encontrei os CDs do Ivri Lider) e muito desse tudo tem preços super convidativos. Quem resiste a uma passada na Century 21 ou na J&R, por exemplo?

Passear pela 5ª Avenida não tem preço. Ops! Tem sim, e é muito caro. Mas como não se encantar e sonhar em sair cheio de sacolas da Prada, Louis Vuitton, Dolce & Gabbana, Marc Jacobs, Michael Kors, Chanel, Burberry, Saint Laurent, dentre tantas outras. Ainda bem que lá também existe a Zara, que chega bem perto dos sonhos da maioria.

No Soho encontramos coisas bem legais também, uma livraria da Taschen, por exemplo, uma Bloomingdales, uma loja só de underwear da Calvin Klein, galerias super interessantes.

O Chelsea é um bairro que se reinventou, hoje novos artistas começam por lá. O mercado do Chelsea é super interessante. Numa mesma rua temos Moschino, Carlos Miele, Alexander McQueen, Hugo Boss, dentre outras marcas importantes.

Às penso que estou na Ásia e não na América, diante da quantidade de chineses, japoneses, coreanos que vivem em Nova Iorque. Esta é outra característica da cidade. A Big Apple é uma Babel moderna. Ouvimos o tempo inteiro as mais diferentes línguas. Vemos caras dos mais diferentes lugares do mundo. Encontrei duas vendedoras de Israel numa loja da Broadway e ficamos conversando um pouco sobre o Ivri e outros artistas de lá.

Os museus são fabulosos, sobretudo o Metropolitan. Mas o MoMA e o Guggenheim também são super interessantes. Ver-se frente a frente com esculturas gregas, sarcófagos egípcios, O Grito de Munch, a Marilyn de Warhol, Um autorretrato de Frida Kahlo, As Senhoritas de Avignon, de Picasso, as Ninfeias de Monet, Miró, Kandinsky, Klee, Matisse, Cezanne, Rembrandt, Velazquez, El Greco, Rodin, Degas, Giacometti é uma experiência única para os apreciadores da arte.

Nova Iorque tem muitas opções de restaurantes, cafés, bares, pubs, lanchonetes e supermercados onde vc pode fazer as refeições. Mas cuidado, a maioria das comidas é apimentada, e para quem odeia pimenta, como eu, é um perigo, pra não dizer um sofrimento. Definitivamente a comida não foi uma das melhores coisas de NY.

Outra coisa que me deixou desapontado foras as estações de metrô. Elas são muitas, vc vai e vem a qualquer lugar com uma certa facilidade, mas são feias, sujas, esquisitas. Imaginei que fossem modernas, limpas, bonitas. Mas tudo bem. Nem tudo pode nem deve ser perfeito.

O inverno novaiorquino é terrível. suportar -18º não é para os fracos. Confessor que deixei muitas vezes de sair para não ter que enfrentar o frio. É claro que ver o Central Park coberto de gelo é lindo e que você não pode deixar de experimentar a patinação, mas garanto que não é fácil.

Ver Nova Iorque do topo do Empire State é lindo, a vista é maravilhosa, mas no inverno pode ser uma fria, literalmente falando.

Contornar a ilha numa passeio de barco e ver o sol se pôr depois de ter passado aos pés da Estátua da Liberdade é encantador. Nem o frio tirou a beleza desse momento.

Ver os mendigos morrendo de frio pelas ruas é a imagem mais triste de NYC. Um verdadeiro contraste com a profusão de cores de uma cidade que não dorme, de uma Times Square que fervilha.

Alguns costumes são completamente diferentes dos nossos. É proibido, por exemplo, beber qualquer bebida alcoólica nas ruas sob pena de ser preso e para tentar burlar a vigilância é comum ver pessoas levando saquinhos de papel à boca escondendo suas garrafas ou latas de bebidas.

Um fato que me chamou a atenção foi o de que muitos estrangeiros que moram lá, sobretudo adolescentes, não falam o inglês. Fiquei curioso quanto a isso numa das escolas às quais visitei e questionei alguns deles que me explicaram que eles não têm amigos norte americanos fora da escola e que só convivem com os seus parentes e amigos que migraram de seu país de origem para tentar a vida na América.

Pude notar em todos os lugares aos quais fui que os serviços básicos eram desempenhados em sua maioria por latinos e/ou outros imigrantes. É como se eles só permitissem aos estrangeiros fazer o trabalho que eles não querem, o trabalho mais simples, menos valorizado.

Nova Iorque é mesmo uma cidade de contrastes, uma cidade miscigenada, mas que não se abre verdadeiramente ao estrangeiro.

Um lugar para se visitar.

Quero muito voltar, não mais no inverno.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Alexander Mcqueen - Savage Beauty


Lee Alexander McQueen, nasceu em Lewisham a 17 de março de 1969. Abandonou os estudos aos 16 anos, o que o obrigou a encontrar um emprego. Ele se candidata a aprendiz em um atelier de costura, Anderson e Sheppard, o que foi uma verdadeira revelação para ele.
Depois disso, Alexander McQueen torna-se aprendiz na Roméo e Gigli, depois de ter sido figurinista do Teatro Algel&Bermans. Em 1992 de volta à Londres, ele entra para a Saint Martin School de Londres. Antes mesmo de acabar seus estudos, ele é notado por sua coleção de fim de ano, "Jack The Rapper", coleção totalmente comprada por Isabella Blow, estilista e redatora, de quem veio a se tornar grande amigo.
Seu talento se confirma em 1996, quando ele passa a ocupar o lugar de John Galliano como diretor de criação da Givenchy. Para a Givenchy foi um choque; as influências do criador não encontram lugar no coração das redatoras que permanecem indiferentes ao turbilhão McQueen.
O que importa, é que, no mesmo ano, em 1997, o estilista recebe o prêmio de Designer inglês do ano. Prêmio que ele recebe também em 2001 e 2003. Em 2000 o grupo Gucci adquiriu uma grande parte da grife McQueen e Alexander então deixa a Givenchy três meses depois.
Sua grife alterna provocação e doçura, cortes severos e tradicionais de leveza romântica das mais elegantes. Para a semana de moda em Paris de 2002, ele põe em cena materiais provocantes e maliciosos. Espartilhos, rendas, tailleur de tweed e acessórios em couro.
Lança em 2002 sua linha masculina "a façon" e abre uma boutique de mesmo nome em Nova York, depois em Londres, Milão e Los Angeles. Em 2006 nasce uma nova linha de proposta mais jovial chamada de Mc Q. 
O inglês era cohecido como L'Enfant Terrible' da moda. As caveiras sempre foram sua marca registrada.
Seus desfiles eram verdadeiros espetáculos que misturavam dramaticidade, tecnologia, beleza, emoção e luxo.
Suas parcerias foram muitas, uma das melhores foi com a cantora islandesa Björk. McQueen produziu roupas sob medida para Björk, assinou a capa do seu álbum Homogenic e dirigiu o clipe da sua canção Alarm Call. 
O estilista assinou ainda criações para a Samsonite, e associou-se à Puma para uma coleção inédita. 
Sua obra mudou o rumo da moda. Alguns dizem que ele transformou a moda em arte, mas como diz Anne Deniau: "Ele era um artista e a moda era seu meio.
O estilista cometeu suicídio em 11 de fevereiro de 2010 em Londres, com 40 anos pouco depois de ter perdido sua mãe e sua amiga e mentora Isabella Blow, deixando-nos um pouco órfãos de atitude, ousadia e beleza.
A marca Alexander McQueen segue com Sarah Burton, sucessora de McQueen e que tem feito um trabalho notável frente à grife, sendo fiel às raízes deixadas por Lee.

EM 2011 o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque organizou a exposição Alexander McQueen, Savage Beauty com uma retrospectiva da sua grandiosa obra que resultou na publicação de um livro sobre a mesma.
http://blog.metmuseum.org/alexandermcqueen/ 

Björk na capa do CD Homogenic.

Björk cantando Gloomy Sunday em homenagem a Lee na St. Paul's Cathedral em Londres.

01 – Björk em concerto na Vespertine Tour, os vestidos usados pela cantora são de McQueen. 02 – A cantora em ensaio para o DVD “Live at Royal Opera House”. Vestido de McQueen e fotografia de Knight. 03 – Apresentação na missa em homenagem a McQueen, onde Björk cantou “Gloomy Sunday”. 04 – McQueen e Björk no tapete vermelho do Fashion Rocks. 05 – O vestido de McQueen em formato de cino, todo feito de guizos, para o videoclipe de "Who Is It".

Vídeo da antológica apresentação da coleção Primavera/Verão 1999.
Clipe da canção Alarm Call, dirigido por McQueen.









Desfile de McQueen no Fashion Rocks com participação de Björk cantando Homogenic.










Tributo a McQueen por Nick Knight com música de Björk.











Abaixo você confere um pouco da obra do genial McQueen que foi exposta no Metropolitan e está no livro Alexander McQueen: Savage Beauty